Emprego mais difícil para mães

On domingo, 16 de janeiro de 2011 0 comentários

Na busca por ascensão na carreira profissional, mulheres com filhos têm perdido espaço no mercado de trabalho. Mesmo com a sistematização de discursos que pregam igualdade entre homens e mulheres, uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Grupo Regus, empresa multinacional especializada em alugar escritórios e salas de reunião, mostra queda nas sinalizações de empresas que pretendem contratar mães. Em 64% das empresas, elas podem encontrar algum tipo de objeção durante as entrevistas de emprego. Em 2010, 56% das empresas colocavam empecilho.

No começo do ano passado 48% das empresas brasileiras depositavam alguma restrição na contratação de mulheres com filhos. Sendo assim, em mais da metade delas, não havia nenhum problema em se empregar mulheres com esse perfil. Já no levantamento feito este ano, pela consultora Regus, que ouviu executivos em 186 empresas, o percentual das que não contratariam saltou para 62%, sendo que apenas 38% desses executivos responderam não ter problemas em contratar mulheres mães. Profissionais de mais de 10 mil empresas do banco de dados global da Regus foram entrevistadas de agosto a setembro de 2010.

No Estado de Goiás, as mulheres é maioria, segundo dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aproximadamente 50,3% da população goiana é do sexo feminino. No País, elas já formam 44% do mercado de trabalho. Para o chefe da unidade estadual do instituto, Daniel Ribeiro de Oliveira, a população feminina se destaca devido a oferta de emprego direcionada para as mulheres.

Baseando-se em dados do IBGE, pode-se perceber que a busca por ascensão profissional tem feito muitas mulheres adiarem a maternidade por receio em encontrarem obstáculos por parte das empresas caso tenham filhos. Em 1999 em 23,3% dos nascimentos registrados as mães tinham idades entre 15 e 24 anos. Dez anos depois o percentual caiu para 18,2%.


Partos no Brasil
Do outro lado, houve um aumento na proporção de partos no grupo de mães de 30 e 40 anos: em 1999, em 31,9% dos nascimentos as mães estavam nessa faixa etária, após dez anos o percentual subiu para 35,5%.

“Há uma notável alteração na intenção da maternidade. As mulheres estão a cada dia buscando igualdade com os homens no sentido profissional, intelectual, emocional e na tomada de decisões. Isso tem feito com que muitas delas deixem a maternidade para o futuro”, avalia o psicólogo e especialista em RH, Rodrigo Correia. Esse fato, segundo ele, está mais ligado à necessidade de crescimento profissional e menos à falta de mercado para mulheres mães.
Fonte: O Hoje

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